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Março Roxo: estigmas da epilepsia


Dia 26 de março é a data de conscientização a respeito da epilepsia! O "Dia Roxo' foi criado em 2008 por uma garotinha de 9 anos portadora de epilepsia com o objetivo de desmistificar a doença e mostrar para os portadores que eles não estão sozinhos. E para apoiar essa campanha a LIPED vai trazer informações sobre essa doença durante todo o mês de março!

A epilepsia é diagnosticada quando o paciente apresenta duas ou mais crises epilépticas nos últimos 12 meses sem sinais de febre, intoxicação por drogas ou abstinência.

Na maioria dos casos as síndromes epilépticas iniciam durante a infância, incidindo em 5-10 crianças a cada 1.000. Frente ao diagnóstico de uma doença crônica e estigmatizada como a epilepsia os pais enfrentam um desarranjo emocional. Estudo mostra que diante do diagnóstico 72% dos pais afirmam ter sentido medo. Também, 83% dos pais acreditam em algum conceito inadequado sobre a epilepsia. A falta de informação favorece a perpetuação de mitos os quais acabam sendo, pelo menos parcialmente, responsáveis pelo medo dos pais.

Estigmas da epilepsia:

1) Epilepsia é controlável, mas o paciente sempre necessitará de medicação

Boa parte das crianças apresentam epilepsia autolimitada com remissão espontânea após curto período. Além disso, aproximadamente 75% dos portadores de epilepsia podem se tornar livres de crise com o uso de medicação antiepilépticas.

Também, a descontinuação das drogas antiepilépticas é possível quando a criança se encontra livre de crises epilépticas por pelo menos 2 anos. A retirada da medicação deve levar em consideração vários fatores, incluindo a chance de recidiva das crises baseada no tipo de epilepsia e na etiologia. Entretanto, a maioria das crianças livres de crises por 2 anos e com EEG normal quando se inicia a retirada da medicação continua sem crises. E a maior parte dos recorrências acontecem dentro dos primeiros 6 meses da retirada da medicação.

2) Todos os pacientes com epilepsia têm transtornos mentais

A epilepsia é um distúrbio do SNC com manifestações de sintomas cognitivos e psiquiátricos em concomitância com crises epilépticas. Os pacientes com epilepsia possuem uma maior chance de desenvolver transtornos mentais. Estudos mostram prevalência de transtornos mentais de 28,6% para crianças com epilepsia.

Há também uma correlação entre epilepsia e problemas de aprendizagem, sendo que as crianças com epilepsia geralmente apresentam discordância entre performance acadêmica e habilidade intelectual.

Porem, vários portadores da doença não apresentam problemas cognitivos. Estudo com avaliação de 72 crianças por um certo período mostra que a maior parte delas não desenvolveram alterações cognitivas. Mesmo assim, tendo em vista a capacidade das crises de induzir a deterioração intelectual é imprescindível o tratamento adequado da epilepsia.

3) Pacientes com epilepsia não podem realizar atividades esportivas

A participação em atividades físicas deve ser avaliada pelo médico, pais e criança levando em conta o bom controle das crises e supervisão adequada. Entretanto algumas atividades com risco de queda perigosa devem ser evitadas, como escalada de cordas e outras. A permissão para realização de esportes deve ser considerada em cada caso individualmente, portanto a possibilidade de participação da criança com epilepsia em esportes não dever ser excluída automaticamente.

Para saber mais continue acompanhando os posts da LIPED.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000100007&lng=en&nrm=iso

http://www.scielo.br/pdf/jecn/v12n4/a05v12n4

http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32n3/a09v32n3


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